esvaziei-me das dores que trazia penduradas ao coração. libertei-as ao vento e gritei as palavras que ouvira dos tempos da revolução francesa: "liberté, égalité, fraternité". o teu sorriso terno apenas me disse aquilo que eu já sabia. nem mais uma palavra: estou louco.
divorciei-me também das palavras que o vento trazia de outras bocas. de línguas ásperas, em nada doces como a tua. fechei-lhes as janelas da minha porta e baptizei a minha vivenda: «vivenda amor». piroso. pois é. deixa lá.
roubei depois ao tempo os ponteiros do relógio e escondi-os debaixo da minha cama. desde esse dia tem-se escondido das rotinas habituais. dos textos e das palavras. eram 2h15, a hora em que te senti no desejo da paixão e ele - o relógio - nunca mais andou.
entreguei-me, por fim, definitivamente nas tuas mãos. sei que agora nada é firme. o apoio do meu corpo resume-se às pétalas que desenham o teu rosto de flor, mas o embalo é meigo. cresci também. perdi o chão, mas, ri-te agora, ganhei o céu.
a terapia diz que a loucura é saudável se a mente souber sorrir dela. poeta eu? não. apenas num estado de felicidade pura. conscientemente. estou louco, pronto.
divorciei-me também das palavras que o vento trazia de outras bocas. de línguas ásperas, em nada doces como a tua. fechei-lhes as janelas da minha porta e baptizei a minha vivenda: «vivenda amor». piroso. pois é. deixa lá.
roubei depois ao tempo os ponteiros do relógio e escondi-os debaixo da minha cama. desde esse dia tem-se escondido das rotinas habituais. dos textos e das palavras. eram 2h15, a hora em que te senti no desejo da paixão e ele - o relógio - nunca mais andou.
entreguei-me, por fim, definitivamente nas tuas mãos. sei que agora nada é firme. o apoio do meu corpo resume-se às pétalas que desenham o teu rosto de flor, mas o embalo é meigo. cresci também. perdi o chão, mas, ri-te agora, ganhei o céu.
a terapia diz que a loucura é saudável se a mente souber sorrir dela. poeta eu? não. apenas num estado de felicidade pura. conscientemente. estou louco, pronto.
11 comentários:
Abençoada loucura...que traz tanta felicidade...
temos dias assim...nem tudo pode ser negrumee desespero.Mas quasetenho medo de serfeliz...é que o Fado espreita...e se compraz em me deitarpor terra quando meencontra assim,feliz.Jinho,BShell
:) és narrador. O nome é piroso sim, mas muito "rico". Acho que o relogio nao devia ter parado.. Atrasado ainda se aceita. Talvez devido a essa fragilidade das petalas :) Vejo que passas por aqui poucas vezes, mas sempre que passas, marcas. Beijo *
a tua loucura é o espelho da tua felicidade e é tão bom estar louco se isso significar estar feliz:)
q saudades de te ler, mas como sei que estás tão bem, aceito a tua ausência e sorrio.
e mando-te mil beijos e loucuras mil pela eternidade
tao bom ficar-se "louco" :)
e como é bom ser louco... estar louco... sentir-se louco... mas Feliz! Um beijo
Olá Ricardo!
Sobre o amor nada perguntes aos sensatos. Pergunta tudo aos loucos. Porque os sensatos pensam sensatamente o que equivale a nunca terem amado...
Beijinhos doces D.L.
Já tinha saudades tuas!
E que bonito texto nos ofereces na volta!
Jinhos e bom fim de semana.
haaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!
Porque gritar faz bem! =D
ganhei o céu... eu também... sempre que te visito... seria tão bom se o tempo pudesse parar... adorei, Volto sempre...
...Ricardo...mas que bela "loucura"...e se te sentes feliz...melhor ainda...já agora...que este inicio de Primavera...te traga tudo de muito bom...
Um beijinho*.
É bom saber que há homens com uma sensibilidade destas. Sorte a da(s) tua(s) amada(s). O texto é lindo, especialmente a parte em que o relógio para nas 2.15.
:@
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