
com o cair da semana chegam os balanços e as balanças. raramente choro à sexta-feira, com as devidas excepções aos serões preenchidos pelos dramas da sétima arte europeia – aquelas sessões em que o fungar da vizinha da cadeira ao lado incomoda mais que o ruminar das pipocas às cores.
a semana trouxe os aguaceiros, algumas descobertas intrigantes no campo pessoal, com profunda incidência para o caroço que insiste em crescer junto à nuca, a certeza crescente de que este governo é uma fraude política e a dolorosa notícia, publicada numa revista da especialidade, que dá conta do romance entre a Soraia Chaves e o Rodrigo Menezes – conclusão final: o mundo é demasiado injusto.
por isso, esta noite vou beber uns copos com os amigos e ficar a ver passar as miúdas, maquilhadas e sorridentes, passeando os seus decotes provocantes e empenhando, qual guerreiras ao ataque, o copo de safari com sumo de laranja, em pleno desafio às nossas alienadas hormonas.
à vista delas, talvez esqueça a semana e os processos que ficaram pendentes para segunda. que o papa reze por nós e que os do outro mundo não o ouçam.
imagem: [“salsa”, Liliana]