há pessoas que ainda me conseguem surpreender.
"de branco, de espada e a cavalo", como diz o poeta Alegre. com a coragem dos grandes guerreiros, sem medo das consequências; corpo hirto pronto para a luta. à espera de um som, um único som, seja ele o de uma trombeta, uma sirene, um raio ou o dedilhar de uma viola.
saem de si, revelam ao público o que o espelho há muito guarda para si, e, fruto de uma qualquer varinha de condão, aí estão eles prontos a chorar por ti, por mim, por nós.
com uma língua, a letra "P", livros debaixo do braço, martelo na ponta dos dedos, caneta atrás da orelha, de mil e uma formas, dispostos a fazer de um país [quem sabe de Portugal], de um povo [quem sabe o nosso], de alguma coisa outra coisa ainda melhor.
são pessoas que acreditam e, que com amor, conseguem prolongar os sonhos para lá das madrugadas, através das manhãs de sol.
ainda há gente assim. como nos livros. [e eu procuro desalmadamente essas pessoas]