
com o final dos dias vem sempre a conferência das horas, dos minutos e dos segundos que, com este corpo e esta alma, fomos gastando por aí, em retiros e clareiras mais ou menos conhecidos, mais ou menos sentidos, mais ou menos vividos.
ao chegar a esta fase diria a grande maioria a célebre frase “é a vida”, popularizada pelas manhãs de sol ou de chuva, pelas tardes de calor e de frio, pelas noites de solidão e de prazer.
acaba-se a circunferência que delimita o número que se regista como ano e perde-se dentro dela a vida, os momentos e tudo aquilo que, sem se dar conta, foi vincando em nós os dias e as marcas, os beijos e os abraços, as lágrimas e os murros.
à beira de novo salto, reconheço a poesia das metáforas: gosto de cais diferentes, na ânsia da descoberta e da aventura que novas terras sabem oferecer, mas não consigo esquecer que, por força das amarras, é sempre o mesmo navio que navega, ano após ano, independentemente das marés, dos faróis e das estrelas-do-mar que, ao lado do casco, nos vão clareando o cabelo.
feliz ano novo.
ao chegar a esta fase diria a grande maioria a célebre frase “é a vida”, popularizada pelas manhãs de sol ou de chuva, pelas tardes de calor e de frio, pelas noites de solidão e de prazer.
acaba-se a circunferência que delimita o número que se regista como ano e perde-se dentro dela a vida, os momentos e tudo aquilo que, sem se dar conta, foi vincando em nós os dias e as marcas, os beijos e os abraços, as lágrimas e os murros.
à beira de novo salto, reconheço a poesia das metáforas: gosto de cais diferentes, na ânsia da descoberta e da aventura que novas terras sabem oferecer, mas não consigo esquecer que, por força das amarras, é sempre o mesmo navio que navega, ano após ano, independentemente das marés, dos faróis e das estrelas-do-mar que, ao lado do casco, nos vão clareando o cabelo.
feliz ano novo.