
à espera. aí, na quietude dos dias, à espera que o azul do céu dê lugar ao manto negro das estrelas. e, por dentro, fervem as lâmpadas na ansiedade dessa hora em que, milagrosamente, o filamento de tungsténio, enrolado em forma de bobina para melhor concentrar o calor, se torna incandescente.
à espera. o candeeiro, que por agora não ilumina e apenas serve de encosto ao seu corpo de mulher, à espera do olhar do fotógrafo que, à luz do dia, viu sonhar as lâmpadas, ainda apagadas, na certeza seguinte de um abraço meigo.
vieram depois os beijos e à espera ficaram os dias.
imagem: [«lâmpadas que sonham», de Ricardo Manuel Santos]
7 comentários:
"...e, por dentro, fervem as lâmpadas na ansiedade dessa hora em que, milagrosamente, o filamento de tungsténio, enrolado em forma de bobina para melhor concentrar o calor, se torna incandescente..."
Lindo.
Beijinhos.
Concordo com a Céu! Muito lindo!
Parabéns por mais um post fantástico!
Daniela Mann
Há algum tempo que não visitava este Teatro das Palavras, por falta de tempo. Hoje ousei desafiá-lo tempo e não me arrependi, pois adorei as palavras que nos deixaste no palco encantador da tua escrita.
Um abraço com aromas de Primavera*
Fanny
...bem isto é que foi inspiração Ricardo...ADOREI!!!...
Jinhosssssss.
Fantástico...
Ricardo,
Muito bem escrito, como só tu sabes.
Abraço.
Olá Ricardo, passei para lhe desejar a continuação de um domingo feliz!
Um abraço,
Daniela
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