a solidão é um canto do meu quarto que gosto de habitar. no escuro das noites mal dormidas costumo apertar-me no espaço que fica entre o branco sujo das paredes e ali respirar um pouco de calma e de silêncio. é como um abraço meigo a lembrar o regaço da minha mãe nas tardes soalheiras de Outono.
sabe bem ficar assim sozinho com os sentidos desligados do mundo, a usufruir dos sons e dos cheiros do nosso corpo enroscado sobre si mesmo. de vez em quando sinto uma lágrima desorientada que me percorre o rosto triste. e mesmo sem saber porquê gosto de a lamber e sentir o sal amargo na boca.
nem tudo na vida tem que ter uma explicação. e esta sede de solidão faz parte de mim como o sonho cor-de-rosa de te amar um dia. guardo o canto escuro na palma da mão e rebenta em mim esta vontade louca de chorar.
sabe bem ficar assim sozinho com os sentidos desligados do mundo, a usufruir dos sons e dos cheiros do nosso corpo enroscado sobre si mesmo. de vez em quando sinto uma lágrima desorientada que me percorre o rosto triste. e mesmo sem saber porquê gosto de a lamber e sentir o sal amargo na boca.
nem tudo na vida tem que ter uma explicação. e esta sede de solidão faz parte de mim como o sonho cor-de-rosa de te amar um dia. guardo o canto escuro na palma da mão e rebenta em mim esta vontade louca de chorar.