quarta-feira, novembro 03, 2004

burro sim, americano nunca...

Podia ser um drama de autor. Podia ser uma tragédia clássica. Podia ser uma piada de mau gosto, de muito mau gosto mesmo. Podia ser simplesmente um pesadelo. Mas não é. É real e a mais pura das verdades. Nua, crua e dura.
Mas vamos aos factos, à história da peça. Tudo se passa do lado de lá do oceano, lá onde o sol se esconde todos os fins de tarde, pensava eu que com vergonha do que via do lado de cá, mas descobri hoje que o faz porque é, acima de tudo, estúpido na verdade. Tudo ronda à volta de uma "palhaçada" mediática, vulgo eleições, e que leva milhões de pessoas a fazer uma escolha. As opções são simples: ou se escolhe o mau ou o muito mau. Resultado: vence o péssimo.
Moral da história: a fast food é responsável, para além dos elevados graus de obesidade de toda a população, pelo massacre de milhões de neurónios. Só isto explica o fim da peça.
A terminar, lembra o autor, em nota de rodapé, as sábias palavras de quem, em tempos longínquos, baptizara aquela terra de Estados Unidos da América: "os americanos lá sabem o que é melhor para eles". E nós, do lado de cá, simples actores, homens do Mundo, arriscamos, com humildade, uma profecia: "estamos fodidos!"

Ricardo Manuel Santos

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