domingo, novembro 21, 2004

O terreiro das emoções

Esta manhã levei-me ao aeroporto. Lá, entre as partidas e as chegadas, check-ins and gates, malas, malotes e sacos de mão, travei conhecimento com as emoções. Lágrimas de quem parte e de quem fica, lágrimas de quem chega e de quem já cá está. Abraços sentidos. “Todas as cartas de amor são ridículas”, dizia o poeta, e elas transformam-se em acções quando há amor. Provavelmente ridículas também, mas sentidas. E isso é o que importa. Vejo namorados que se despedem com beijos doces perdidos entre lágrimas. Imagino-me pintor diante do “momento”, mas não tenho telas nem pincéis. Apenas o olhar, o meu olhar perdido, no terreiro das emoções. Porque ali elas são sentidas. Sem convenções. Todos os dias, a todas as horas, nos aeroportos do Mundo.

2 comentários:

Anónimo disse...
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Anónimo disse...

A tela que utilizas é nada mais, nada menos que a folha de papel aberta em branco, pronta para ser pintada!Espero que os momentos com que olhas os olhares dos outros se tornem nesta folha cores singelas e quem sabe aqui encontrarás o teu terreiro das emoções!

serennablack